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CONDIÇÕES CLÍNICAS: Diabetes

Os indivíduos que apresentam diabetes mellitus (DM) tipos 1 ou 2, diabetes gestacional ou situação de hiperglicemia podem se beneficiar do uso da TNO, proporcionando melhor qualidade de vida e redução das complicações provenientes da alteração glicêmica (1).

A American Diabetic Association (ADA) orienta o diagnóstico precoce do diabetes. Uma vez detectado esse distúrbio, o indivíduo com DM deve manter o controle glicêmico evitando complicações microvasculares, como: nefropatia diabética, retinopatia diabética, pé diabético, entre outras (2,3,4).

Para o acompanhamento do nível glicêmico existem algumas ferramentas que podem ser utilizadas, como a automonitorização glicêmica através do teste de glicemia capilar, o qual revela o nível glicêmico no exato momento do teste. Também pode ser utilizado o teste de hemoglobina glicada (A1C), um exame laboratorial que revela os níveis médios de glicemia dos últimos 2 a 4 meses, revelando se o controle do diabetes foi bem executado (5).

De acordo com a ADA, a A1C deve permanecer abaixo de 7% como meta para um bom controle glicêmico. Veja tabela abaixo (3).

tabela

Fonte: ADA, 2015

Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência indicam com Grau de Evidência A que:

• as alterações glicêmicas podem ser consideradas fator de risco independente para as complicações do diabetes (4,6);
• a redução dos níveis de A1C (valores abaixo de 7%) demonstra reduzir as complicações microvasculares e neuropáticas e, consequentemente, as complicações macrovasculares do diabetes, em especial o diabetes tipo 1 (3,4).

Dessa forma, a dieta é imprescindível para o sucesso no tratamento do paciente com diabetes, pois a hiperglicemia prolongada promove o desenvolvimento de lesões orgânicas extensas e irreversíveis nos olhos, rins, nervos, vasos grandes e pequenos e também na coagulação sanguínea (3,6,7).

Dados da ADA demonstram que cerca de 14% das gestantes desenvolvem diabetes e 7% apresentam complicações provenientes da alteração glicêmica. Todas as mulheres com diabetes gestacional devem receber orientação nutricional e uma dieta equilibrada em nutrientes de forma a não alterar a glicemia (2).

Pode-se dizer que: cerca de 30% dos pacientes admitidos em centros de tratamento intensivo (CTI) são diabéticos com doença cardiovascular; aproximadamente 40% dos pacientes diabéticos desenvolvem nefropatia diabética, causa principal de diálise; e em torno de 40% dos pacientes diabéticos desenvolvem retinopatia diabética, principal causa de cegueira. Além dessas complicações, o diabetes aumenta em 100 vezes a chance de amputação de algum membro. O ideal é manter a homeostase glicêmica sem alterações bruscas, evitando dessa forma as complicações microvasculares (4,8).

As formulações especializadas para pacientes diabéticos se caracterizam pelo aumento do teor de lipídeos (>40% do valor energético total) e redução do teor de carboidratos. Desse total de lipídeos, 20% ou mais são de ácidos graxos monoinsaturados (AGMI). Dessa forma, as formulações especializadas permitem melhor controle glicêmico em curto e longo prazo, com redução da glicemia pós-prandial, quando comparadas às formulações padrão de pacientes com DM tipos 1 e 2 (7).

Referências

1. Straton, RJ e Elia, M. A review of reviews: a new look at the evidence for oral nutritional supplements in clinical practice. Clinical Nutrition. 2(1); 5-23. 2007.

2. American Diabetes Association. Management of Diabetes in Pregnancy. Diabetes Care 2015;38(Suppl. 1):S77–S79 (http://care.diabetesjournals.org/content/38/Supplement_1/S77.full.pdf+html)

3. American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes 2015: Diabetes Care 2015;38(Suppl. 1):S4. (http://care.diabetesjournals.org/content/38/Supplement_1/S4.full.pdf+html)

4. Spilcher ERS et al. Diabetic lower extremities amputation - Rio de Janeiro, BR, 90-96. Diabetologia 41: A279, 1998.

5. Posicionamento oficial 2004. Grupo interdisciplinar de padronização da Hemoglobina glicada A1C. A importância da hemoglobina glicada (A1C) para avaliação do controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus: aspectos clínicos e laboratorial. 2004.

6. Monnie, L., Colette, C. Glycemic Variability – Should We And Can We Prevent It? Diabetes Care 31(Suppl.2):S150-S154, 2008.

7. Projeto Diretrizes – DITEN. Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus. 2011. (http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/terapia_nutricional_no_diabetes_mellitus.pdf)

8. Lang F. Hormones – Late Complications of Prolonged Hyperglycemia (Diabetes Mellitus) – In: Silbernagl, S. and Lang, F.; Color Atlas of Pathophysiology. New York, Thieme Stuttgart. p. 291. 2000.

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