De acordo com a FAO (Food and Agricultural Organization), a desnutrição proteico-calórica (DPC) é bastante comum e está associada a 6 milhões de mortes de crianças em todo o mundo no ano 2000. Nos países industrializados, a DPC é vista predominantemente em hospitais e em associação a doenças. A deficiência de proteínas tem efeitos adversos sobre todos os órgãos e sobre a função cerebral. Os pacientes apresentam redução da função imune e mostram-se mais suscetíveis a infecções (1).

O Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI) foi um estudo realizado em 14 cidades brasileiras, envolvendo 4.000 pacientes da rede pública, com o objetivo de avaliar o estado nutricional e a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados. Seus resultados mostraram que a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados no Brasil é alta, o conhecimento da equipe de saúde a respeito do estado nutricional dos pacientes é pequeno e a indicação e o uso da terapia nutricional é menos frequente do que o recomendado pela literatura (2).

Fonte: Waitzberg, 2001

O suporte nutricional para esses pacientes proporciona amplos desafios clínicos que tornam possível obter resultados ótimos em termos de morbidade e mortalidade.

Referências

1. Waitzberg, DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ª. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.

2. Waitzberg DL, Caiaffa WT, Correia MI. Hospital malnutrition: the Brazilian national survey (Ibranutri): a study of 4000 patients. Nutrition 2001; 17(7-8):573-80. (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11448575)

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