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Psoríase – é preciso informação contra o preconceito

Hoje, 29 de outubro, comemora-se o Dia Nacional e Mundial da Psoríase, doença que afeta cerca de 2% da população mundial. Não se trata exatamente de uma data comemorativa, mas sim de conscientização, principalmente contra o preconceito. De acordo com o médico dermatologista Cid Yazigi Sabbag, diretor do Centro Brasileiro de Estudos em Psoríase, organizador dos Encontros Municipal e Nacional de Psoríase e Vitiligo na Câmara Municipal de São Paulo e autor do livro “Psoríase: Descobertas Além da Pele”, trata-se de uma doença genética não contagiosa e crônica, em que 30% dos portadores têm outros casos na família.

“Recentemente, descobrimos que a psoríase é uma doença sistêmica e imunológica, podendo atingir além da pele e articulações (chamada psoríase artropática), outros órgãos, levando a um aumento do peso, obesidade, e aumento da glicemia, colesterol e triglicérides. Por essa razão, o dermatologista tem um papel central nos diagnósticos precoces das alterações em outros órgãos, devendo encaminhar o paciente a outros especialistas, como reumatologistas e endocrinologistas”, alerta.

Causas e sintomas – A psoríase é uma doença genética em que são fundamentais os fatores ambientais e imunológicos. “Somente algumas pessoas têm o desencadeamento ou agravamento da sua psoríase por influência do emocional, como morte na família, separação, perda de emprego, entre outros. Porém, a pessoa com psoríase sofre pelo preconceito por suas lesões aparentes e desinformação da população, e isso altera seu emocional, provocando estresse”, analisa Cid. Já que não tem cura, o médico aconselha fortalecer o sistema imunológico e controlar infecções, como por exemplo, amigdalites.

As manifestações na pele formam placas vermelhas que escamam, sendo mais comuns nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e nas regiões lombares das costas. “Como lembra outras dermatoses, tipo seborreia, eczemas e micoses, o único diagnóstico confirmatório é por meio de uma biópsia da lesão, ou pela experiência clínica de um dermatologista”, explica. Nas articulações, de acordo com o médico, leva a surtos de inchaço, dor e rigidez, lembrando a artrite reumatoide.

Quanto ao tratamento, existem diversas modalidades que ajudam a controlar a doença, não sendo, todavia, curativas: tratamentos tópicos, medicamentos sistêmicos e com raios ultravioletas – fototerapia. Os novos medicamentos imunobiológicos possuem maior eficácia e segurança, porém têm alto custo.“É comum o uso de pomada com cortisona como anti-inflamatório, mas utilizado apenas por algum tempo, já que, seu uso excessivo e prolongado, pode levar a um alastramento das lesões por todo o corpo (até 100%) ou provocar um efeito rebote, voltando ao quadro cutâneo anterior ao uso. Por isso, evite a automedicação!”, alerta Cid.

As medidas gerais, integradas num conceito de estilo de vida saudável, também são benéficas, assim como o uso diário de cremes hidratantes ou óleos, e banhos de sol com moderação e fotoprotetor. “A informação é sempre uma excelente ferramenta para saber lidar e enfrentar a psoríase, permitindo um melhor controle e qualidade de vida”, finaliza o médico Cid Yazigi Sabbag.

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