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Os mitos da nutrição vegana

O mês de outubro foi marcado por muitos acontecimentos interessantes sobre a cultura vegan no Brasil. Um evento que mereceu destaque, e que a Prodiet foi conferir de pertinho é o UTFPRVEG. O ciclo de palestras, que aconteceu no último dia 8 na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, contou com participações de profissionais renomados na área da nutrição e um público interessado que lotou o auditório da Federal tornando as discussões ainda mais intensas.

O dia foi muito produtivo e todos que estiveram presentes puderam pensar e também saborear a cultura alimentar vegana de uma forma bem particular. Além dos quitutes veganos disponíveis para degustação, os participantes puderam se nutrir com muitas informações valiosas a respeito de temas diversos que foram discutidos ao longo do dia tais como: Transição e Freeganismo | Andrey Sanson. Nutrição Vegana | Alimentação Vegetariana, Nutrição Esportiva e Funcional | Denise Kawski. Um dos pontos altos do evento foi a mesa redonda sobre Bioética com a presença dos membros da Sociedade Vegetariana Brasileira.

origem do termo vegan

Trocando algumas ideias com a nutricionista clínica funcional e fitoterapeuta Denise Kawski, falamos sobre alguns mitos a respeito da nutrição vegana:

Em primeiro lugar, afirmar que os vegetarianos possuem deficiência proteica é um erro conceitual, além de não estar baseado em evidências científicas. Quando retiramos a carne do cardápio, não estamos simplesmente negligenciando a importância da proteína da dieta mas sim, optando por oferecê-la de outras formas, afirma Denise.

Segundo a nutricionista, o terrorismo que existe com relação à necessidade de proteína de origem animal na dieta de uma pessoa, se dá pelo fato de as tabelas com as informações nutricionais referentes ao valor de proteína serem elaboradas utilizando o ovo como alimento padrão, que é um alimento, assim como as carnes, concentrado em proteína.

Alguns mitos sobre proteínas de origem vegetal:

1. A dieta com alimentos de origem vegetal não fornece proteínas adequadamente ao organismo (carentes em aminoácidos);

2. As proteínas provenientes de fontes vegetais não são “tão boas” quanto as provenientes de fontes animais;

3. As proteínas de diferentes alimentos vegetais devem ser consumidas juntas na mesma refeição para atingir um alto valor nutricional;

4. Os métodos baseados em animais para determinar os valores de necessidade nutricionais de proteína são adequados para humanos;

5. As proteínas vegetais não são bem digeridas;

6. A proteína vegetal não é suficiente (sem a carne, ovo ou os derivados do leite) para oferecer as necessidades humanas de aminoácidos;

7. As proteínas vegetais contêm os seus aminoácidos desbalanceados e isso limita o seu valor nutricional;

8. Existem aminoácidos na carne que não podem ser encontrados em nenhum alimento do reino vegetal.

A população brasileira consome muito mais proteínas do que suas necessidades diárias. Os vegetais possuem proteína porém, em valores mais baixos. Para desenvolver as funções vitais do organismo, o corpo humano precisa de aminoácidos, independente da origem ser vegetal ou animal, defende Denise. São eles que formam a estrutura das proteínas que estão presentes no organismo. Por isso, são essenciais para o corpo humano. As proteínas são feitas a partir da junção de moléculas de aminoácidos. Todas essas moléculas de aminoácidos são responsáveis pela criação de cerca de 100.000 proteínas diferentes. Denise conclui que a combinação de alimentos como cereais e leguminosas, é perfeitamente capaz de suprir a necessidade de todos estes aminoácidos.

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