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Ômega 3: mitos e verdades

Diversos produtos expostos nos supermercados estampam nas embalagens a informação: “enriquecido com ômega 3”. Mas, afinal, o que isso significa?

 

O ômega 3 é um lipídio com ação antiinflamatória e antiagregante plaquetária*. Entre as funções fisiológicas dessa gordura “boa” está o revestimento de membranas celulares dos neurônios e a retina, por exemplo. Por isso, manter o nível adequado de ômega 3 no organismo auxilia o processo de aprendizagem e garante uma visão saudável, além de cuidar da fluidez sanguínea e auxiliar na manutenção de outras funções orgânicas essenciais à vida.

Da família de ácidos graxos, também conhecidos como ácidos gordos, o ômega 3 tem três principais representantes, o ácido docosahexaenóico (DHA), o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido alfalinolênico. O DHA e o EPA são ácidos graxos de origem animal que, por serem de cadeia longa, trazem mais benefícios à saúde.

Os vegetarianos, porém, não precisam se preocupar, pois o próprio organismo se encarrega de transformar o ômega 3 dos vegetais em cadeias mais longas: “O ômega 3 de origem vegetal é menos eficientemente convertido em EPA e DHA, mas ainda assim é benéfico ao organismo”, explica Dennys Cintra, professor da disciplina de Alimentos Funcionais e Nutrigenômica da Unicamp.

Para um indivíduo saudável, segundo Cintra, a melhor maneira de ingerir o ácido graxo é diretamente da fonte, a partir dos alimentos que o contém: “As cápsulas, muito comuns no mercado hoje, podem ser consumidas de forma irresponsável, isso sem falar nas falsificações”, explica o pesquisador.

Cintra alerta, ainda, para o consumo exagerado e sem orientação nutricional ou médica. Muito ômega 3 no organismo pode induzir à  resistência à insulina e, consequentemente, diabetes e outras doenças metabólicas associadas. O excesso da substância também inibe a produção de tromboxano, proteína responsável pela cicatrização, favorecendo hemorragias. E, como todo lipídio, o ômega 3 em excesso pode contribuir para o aumento de peso.

*A função do antiagregante plaquetário é de redução da coagulação sanguínea. É usado, por exemplo, em casos de pós-infarto, pois ajuda a desfazer pequenos coágulos, evitando o entupimento de artérias menores.

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