A obesidade não é mais doença exclusiva de adultos. Segundo pesquisa do IBGE e do Ministério da Saúde, 16,6% dos meninos brasileiros entre 5 e 9 anos estão obesos. Entre as meninas na mesma faixa etária, o número é de 11,8%. Há trinta anos, esses valores eram 2,9% e 1,8%, respectivamente.
O sobrepeso entre as crianças e jovens já é caracterizado como epidemia em todo o mundo. Hoje, no Brasil, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A obesidade infantil não é apenas a porta de entrada para doenças que aparecem na fase adulta, como hipertensão e diabetes. Junto com o excesso de peso, as crianças apresentam uma aceleração da idade óssea. Com isso, a puberdade pode ocorrer antes do tempo e o indivíduo terá uma altura final diminuída, devido ao fechamento precoce das cartilagens de crescimento.
Os vilões do peso saudável já são mais do que conhecidos: o sedentarismo e a má alimentação estão ligados diretamente ao estilo de vida das crianças e são a principal causa da obesidade. Por isso, sabendo que os pequenos tendem a seguir padrões de comportamento do pai e da mãe também na hora da refeição, os pais desempenham um importante papel para a superação da obesidade.
A intervenção médica em casos de obesidade infantil tem pouco consenso entre os profissionais da saúde e, por isso, a prevenção é o melhor caminho. A escola é um local importante onde esse trabalho de prevenção pode ser realizado. Ali as crianças fazem, pelo menos, uma refeição diária, além de ser um local adequado para a prática de atividades físicas.
