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Nutrição infantil: saúde por toda a vida

A chave para uma boa nutrição infantil está na construção de hábitos alimentares saudáveis desde os primeiros anos de vida. Isso porque, assim como as demais atividades sensório motoras, de movimentação e percepção sensorial, como manipular, cheirar e degustar, a alimentação é uma habilidade que amadurece durante a infância e é influenciada por diversos fatores que interagem e contribuem para a construção de padrões e preferências que se perpetuarão ao longo da vida.

Problemas alimentares como a recusa em comer, falta de apetite e ingestão de alimentos em excesso são o resultado de uma complexa interação entre fatores biológicos, como condições médicas que podem associar a alimentação com o desconforto físico, e fatores psicológicos, que levam em conta as práticas familiares, culturais e a relação da criança com o cuidador.

Problemas alimentares moderados e transitórios não são raros: ocorrem em 25% a 35% das crianças pequenas e, na maioria dos casos, são superados sem nenhuma intervenção especializada. Entretanto, problemas alimentares persistentes podem comprometer o desenvolvimento da criança.

Mais graves, os padrões de nutrição infantil deficientes, como uma alimentação com alto teor de gordura, açúcar e carboidratos refinados, bebidas doces e poucas frutas, verduras e legumes, podem levar as crianças a deficiências precoces de crescimento pelo resto da vida e a nunca alcançar seu pleno potencial físico e intelectual.

Consequências a longo prazo

Os resultados de uma má nutrição infantil, seja a desnutrição, caracterizada por deficiência energético-protéica crônica e de micronutrientes, ou a obesidade, definida pelo excesso de peso, sedentarismo e consumo de alimentos ricos em gorduras e de alto valor energético, não acabam na infância.

Isso porque quando ocorrem nesta fase, tanto a desnutrição quanto a obesidade interferem no desenvolvimento e na organização de diversos sistemas do organismo, podendo alterar seu funcionamento e regulação de forma permanente, predispondo a efeitos danosos a longo prazo.

Enquanto a obesidade infantil está relacionada à sua persistência na vida adulta, a desnutrição infantil compromete o desenvolvimento cognitivo e motor, alterando o crescimento e predispondo a infecções recorrentes.

Má alimentação em alta

Segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição, uma em cada três crianças com menos de 5 anos – cerca de 250 milhões – está desnutrida ou com sobrepeso. No Brasil, as tendências globais se confirmam: uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso.

“No Brasil, como na maioria dos países da América Latina e do Caribe, crianças e adolescentes estão comendo muito pouca comida saudável e muita comida pouco saudável”, afirmou Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil em comunicado à imprensa. “Por causa disso, hoje há uma tripla carga de má nutrição, em que desnutrição e deficiência de micronutrientes coexistem com o sobrepeso e a obesidade, associados a doenças crônicas não transmissíveis”, analisou.

Pensando em oferecer as melhores condições para a construção de padrões alimentares saudáveis, que garantam a correta nutrição infantil e seus benefícios ao longo da vida, é importante:

Nutrição infantil: saúde por toda a vida

#1 Permitir que as crianças desenvolvam suas preferências alimentares com base em opções saudáveis

Para isso:

  • Dê o exemplo: adote e compartilhe hábitos saudáveis
  • Ofereça variedade: inclua no cardápio diferentes tipos de frutas, legumes e vegetais em diferentes preparações e apresentações

#2 Garantir que as crianças associem a hora da refeição a experiências positivas

Para isso:

  • Sem estresse: ofereça as refeições em locais e por meio de interações tranquilas, minimizando fontes de estresse e ansiedade
  • Atenção à refeição: evite fatores de distração, como jogos e telas
  • No tempo da criança: reserve tempo suficiente para a refeição, mas não exija que ela permaneça a mesa mais de 30 minutos

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#3 Monitorar as dificuldades alimentares junto a profissionais especializados

  • Déficit motor oral: crianças com dificuldade persistente na alimentação podem possuir, por exemplo, dificuldade de engolir
  • Ciclo vicioso: a recusa a comer pode levar a déficit de crescimento, que contribui para as deficiências em habilidades alimentares, uma vez que crianças malnutridas não têm energia suficiente para alimentar-se de forma competente

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