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Mindful eating: um conceito que vai te ajudar a ter maior consciência durante o ato de se alimentar

Você já reparou no aroma de um molho ao sugo? Ou então no gosto picante da rúcula? A vida agitada que muitos de nós levamos hoje talvez esteja nos fazendo perder o prazer de saborear cada refeição. Não temos mais a mesma consciência e capacidade de olhar para dentro de nós e perguntar: O meu corpo precisa disso? Por que será que estou comendo isso?

É com o intuito de resgatar os sinais básicos do nosso corpo, trazendo consciência e atenção ao ato de nos alimentarmos e aos sinais diários que o corpo nos manda, que o conceito de “mindful eating” (comer consciente) vem sendo cada vez mais explorado. A prática tem origem nos ensinamentos budistas, nos quais os praticantes são estimulados a meditar com os alimentos, uma forma de expandir a consciência, prestando atenção na sensação e na finalidade de cada pedaço, passando 10 ou 20 minutos olhando, meditando sobre o alimento, segurando e mastigando pacientemente cada um de seus pedaços.

O “comer consciente” se baseia na ideia de estar presente e dedicar sua total atenção ao que está acontecendo no momento da refeição, ajudando a libertar hábitos alimentares rotineiros, examinando os pensamentos, sentimentos e pressões internas que afetam como e por que você come (ou não come). Dessa maneira você começa a se reconectar com suas necessidades, melhora muito sua relação com a comida e com seu corpo e têm mostrado eficácia na diminuição da compulsão alimentar e de outros transtornos alimentares.

Segundo o Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde (Brazilian Center for Mindfulness and Health Promotion) – UNIFESP, essa estratégia é importante porque a conexão mente-digestão envolve uma interação de sinais hormonais entre o intestino e o cérebro demora cerca de 20 minutos para registar a saciedade. Há também razões para acreditar que comer enquanto estamos distraídos por atividades como dirigir ou digitar pode retardar ou parar a digestão. E se não estamos digerindo bem, perdemos o valor integral nutritivo dos alimentos que estamos consumindo.

Comer consciente não é uma dieta

E muito menos se trata de deixar de comer algo. Mas sim sobre experimentar a comida de uma maneira mais intensa, focando no prazer que ela proporciona. Você pode comer um cheeseburger conscientemente, apreciando-o muito mais. Ou pode decidir, no meio, que seu corpo já obteve o que precisava. Ou então que o que você realmente precisa é uma salada.

O médico holístico Michael Finkelstein, que supervisiona o SunRaven, um centro holístico localizado em Bedford, Nova York, declarou em sua palestra sobre comer consciente que, para ele, “a questão não é quais são os alimentos certos para se comer. A maioria das pessoas tem uma ideia geral de quais são os alimentos saudáveis, mas elas não os comem. Para mim, comer consciente é o que passa pela sua mente quando você está comendo”.

O conceito chegou até ao campus do Google, na Califórnia

A hora do almoço consciente se tornou parte do calendário do Google depois de uma visita do monge budista vietnamita Thich Nhat Hanh. Um almoço vegano com duração de uma hora sem que ninguém fale nada agora acontece todos os meses no campus da companhia.

A Prática Budista de Alimentação Consciente afirma que se dedicar com tranquilidade e gratidão aos momentos das refeições, resolve não só os problemas digestivos, mas também a compulsão pela comida e por alimentos pouco nutritivos, como doces e fast-food. Ou seja, uma alimentação consciente contribui para um relacionamento mais saudável com a comida, uma vez que ocorre uma maior consciência dos hábitos alimentares.

DICA: Se você acha impossível comer conscientemente todos os dias, reserve pelo menos um dia da semana para fazer uma refeição utilizando a prática do mindful eating.

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Fonte: GENTA – Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares e Obesidade

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