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Esteatose hepática – a gordura silenciosa

A Doença gordurosa, tecnicamente chamada de esteatose hepática, é um problema que vem preocupando médicos em todo o mundo pelo seu aumento de incidência, isso porque há uma ligação direta com a obesidade – Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. No Brasil, o problema já atinge cerca de 20% da população e pode ser dividida em Doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica) ou Doença gordurosa não alcoólica do fígado, quando não existe história de ingestão de álcool significativa. Ela ocorre quando a quantidade de gordura no fígado ultrapassa 10% do seu peso e o acúmulo pode chegar a cerca de 40% em oposição 5% do peso de um fígado normal. Se não for identificado e devidamente tratado, o problema pode levar a um quadro ainda mais grave, de cirrose hepática.

Em seu início, chamada de esteatose hepática leve, normalmente não causa sintomas, mas alguns detalhes podem dar indícios da doença: dor no lado direito do abdome, inchaço na região, ou até leve colorização amarela da pele e dos olhos. O diagnóstico é realizado com uma ultrassonografia (ecografia) de abdome superior, que pode demonstrar infiltração gordurosa no fígado, classificando em leve, moderada ou severa. “Todo paciente acima do peso, com hábitos de alimentos gordurosos, sedentários ou com diabetes, que apresentam dor ou desconforto em abdome superior, deveriam realizar uma ecografia de abdome superior para avaliar a presença de esteatose hepática e neste contexto iniciar as condutas para evitar evolução para cirrose hepática”, afirmou o médico especialista do Hospital Marcelino Champagnat, Edimar Leandro Toderke.

A gordura do fígado, em excesso e por muito tempo, pode acarretar em danos nas células do órgão, ficando inflamadas. Quando o fígado chega nesse estágio, o nome dado é esteato-hepatite ou hepatite gordurosa que, se não tratada, pode evoluir para cirrose. O problema não acomete só quem está acima do peso. A esteatose pode também aparecer em pessoas magras e com baixa ingestão de álcool, ou por toxidade de medicamentos, mas em proporções menores. Além disso, tanto a esteatose hepática como a esteato-hepatite são doenças reversíveis. O manejo da esteatose requer a identificação e possível tratamento específico da causa da infiltração gordurosa, bem como uma avaliação e orientação multidisciplinar, com acompanhamento médico e uso de medicamentos em casos especiais, acompanhamento nutricional e atividade física programada.

Algumas estratégias à mesa que ajudam o órgão a perder gordura:

– Maneire no carboidrato: ”Isso não significa que pães e massas devam ser abolidos do dia a dia”, esclarece a especialista. ”Mas é preciso consumi-los com moderação.”

– Cuidado com algumas gorduras: quem consome muita carne vermelha, manteiga, frituras e biscoitos industrializados leva para dentro do organismo um batalhão de gorduras saturada e trans. A gordura não vai somente para a silhueta, vai para o fígado também.

– Invista nas fibras: a aveia, o farelo de trigo, as massas integrais, as frutas e as verduras são exemplos de fontes dessas substâncias que se revelam grandes aliadas de um fígado em forma.

– Aposte nas gorduras do bem: ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados: ômega 3 e ômega 6- Conte com os antioxidantes: vegetais são os principais reservatórios das substâncias que enfrentam os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo – e o fígado.

– Atenção ao álcool

Fontes: Hospital Sírio Libanês, Hospital Marcelino Champagnat, Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), M de Mulher.

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