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Disfunção tiroidiana: especificações do exame de TSH

É sabido que homens e mulheres acima de 35 anos devem fazer exame de TSH a cada cinco anos, intervalo que diminui para um ano no caso de mulheres que estão em período pós-menopausa. Para investigar o bom funcionamento da tireoide, porém, há outras duas situações em que a função da glândula deve ser rastreada: em casos de doenças autoimunes na família e no primeiro trimestre da gravidez.

Embora os consensos americano e brasileiro sobre disfunção tireoidiana na gestação não preconizarem o exame de TSH no início da gravidez, ele é de extrema importância para o acompanhamento da gestante. Para isso, a maioria dos especialistas faz o rastreamento universal com dosagem de SH no primeiro trimestre da gestação. Segundo a endocrinologista e chefe do Ambulatório de Tireoide do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas da UFPR, Gisah Carvalho, alterações na tireoide podem causar parto prematuro,  aborto e alterações cognitivas na criança.

Ainda segundo a Dra. Gisah Carvalho, aproximadamente 2,5% das gestantes apresentam quadros de hipotireoidismo clínico e 6%, de hipotireoidismo subclínico – fase inicial e com alterações discretas do TSH – durante a gravidez. A gestação é um momento de estresse para a glândula tireoide, que trabalha mais e aumenta de volume  devido o estímulo do beta HCG produzido principalmente no primeiro trimestre da gestação. O feto depende dos hormônios tireoidianos maternos até o terceiro trimestre da gestação, quando sua tireoide está madura e começa a funcionar.

Além da gestação, o histórico de doenças autoimunes na família  também exige atenção com a tireoide antes dos 35 anos. “A principal causa de hipotireoidismo é genética, por isso, se houver histórico familiar de qualquer doença autoimune é preciso rastrear a disfunção tiroidiana”, explica a Dra. Gisah.

A concentração de TSH reflete adequadamente a reposição de T4  em pacientes com hipotireoidismo. Apesar de um excelente termômetro para rastrear disfunções tiroidianas, o exame de TSH apresenta algumas limitações de uso. Em casos de doenças graves, anorexia, jejum prolongado e doença na hipófise, não se pode depender apenas da dosagem do TSH na avaliação da função tireoidiana.

 

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