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Dieta enteral para crianças: quando é necessário

A alimentação é uma parte fundamental do crescimento e desenvolvimento de qualquer criança. É a fonte de energia que impulsiona a jornada do crescimento e fornece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável. No entanto, em certos casos, as crianças podem enfrentar desafios que afetam sua capacidade de se alimentar de maneira convencional. É aí que entra a dieta enteral, uma solução que pode ser necessária em circunstâncias específicas. 

 

Este artigo explora profundamente a dieta enteral para crianças e as situações em que ela se torna uma opção crucial. Estamos aqui para oferecer informações claras, baseadas em evidências científicas e, o mais importante, orientação em um tom acolhedor e compreensível. 

 

Juntos, vamos descobrir os cenários em que a dieta enteral para crianças se torna necessária e entender como ela pode ser uma aliada no cuidado da saúde infantil. Ao final, você estará mais preparado para tomar decisões informadas e apoiar as necessidades nutricionais daqueles que mais amamos. Portanto, continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber sobre a dieta enteral para crianças. 

Como é realizada a nutrição enteral em Pediatria? 

A nutrição enteral em pediatria é um tópico importante e frequentemente necessário quando se trata do cuidado das crianças. Ela envolve a administração de uma dieta líquida diretamente no sistema gastrointestinal, muitas vezes por meio de um tubo de alimentação, como uma sonda nasoenteral ou gastrostomia. 

 

Isso ocorre quando a alimentação oral não é suficiente ou não é possível devido a problemas de deglutição, distúrbios médicos ou necessidades nutricionais específicas. 

Avaliação e Planejamento Nutricional 

A nutrição enteral pediátrica começa com uma avaliação completa da condição da criança e de suas necessidades nutricionais. Isso geralmente é realizado por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, nutricionistas e enfermeiros. O objetivo é determinar o tipo de fórmula enteral mais adequado, a quantidade necessária e a melhor maneira de administrá-la. 

 

Tipos de Nutrição Enteral na pediatria: 

Existem diferentes tipos de nutrição enteral que podem ser usados em pediatria: 

 

  1. Fórmula Polimérica:

    É uma fórmula padrão que contém todos os nutrientes necessários para as crianças e pode ser usada em uma variedade de condições médicas.

 

  1. Fórmula Elementar:

    Esta fórmula é projetada para crianças com dificuldades de absorção de nutrientes devido a condições médicas como doença de Crohn ou alergias alimentares.

 

  1. Fórmula Especializada:

    Algumas crianças têm necessidades dietéticas muito específicas devido a condições médicas únicas. Nesses casos, são necessárias fórmulas especializadas para atender às suas necessidades nutricionais.

 

Administração da Nutrição Enteral na pediatria: 

A administração da nutrição enteral pode ser realizada de várias maneiras: 

 

  1. Sonda Nasogástrica (SNG):

    A sonda é inserida pelo nariz e vai até o estômago. Essa é uma opção temporária e menos invasiva, adequada para crianças que não podem se alimentar adequadamente por via oral, mas não precisam de nutrição enteral a longo prazo.

 

  1. Gastrostomia:

    Em casos de necessidade a longo prazo, pode ser realizada uma cirurgia para criar uma abertura (gastrostomia) diretamente no estômago da criança. A sonda de alimentação é inserida através dessa abertura.

 

  1. Jejunostomia:

    Em alguns casos, especialmente quando o estômago não pode ser usado, uma sonda pode ser inserida diretamente no intestino delgado por meio de uma jejunostomia.

 

A Importância da Equipe Multidisciplinar 

A administração de nutrição enteral em pediatria requer uma equipe multidisciplinar bem coordenada. Médicos, nutricionistas, enfermeiros e terapeutas trabalham em conjunto para garantir que a criança esteja recebendo os nutrientes necessários e monitorar sua saúde geral. 

 

A nutrição enteral em pediatria pode ser um aspecto crucial do tratamento de várias condições médicas, permitindo que as crianças cresçam e se desenvolvam adequadamente, apesar de suas necessidades dietéticas específicas. 

 

A abordagem individualizada, o planejamento cuidadoso e o acompanhamento contínuo são essenciais para garantir o sucesso desse processo. Se você acredita que uma criança pode se beneficiar da nutrição enteral, é fundamental discutir todas as opções com a equipe médica para garantir o melhor cuidado possível. 

 

Qual a terapia nutricional indicada para pacientes pediátricos? 

A terapia nutricional indicada para pacientes pediátricos é um aspecto crucial do cuidado de crianças que enfrentam desafios nutricionais devido a várias condições médicas. Essa terapia tem como objetivo fornecer os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças, independentemente de suas condições específicas. Abaixo, abordaremos as principais formas de terapia nutricional indicadas para pacientes pediátricos: 

 

  1. Alimentação Oral Adequada:

    Para a maioria das crianças, a alimentação oral adequada é o padrão de ouro. Quando realizada corretamente, fornece todos os nutrientes necessários e é a melhor maneira de garantir um crescimento saudável. No entanto, em casos de dificuldades alimentares ou distúrbios alimentares, pode ser necessária uma abordagem terapêutica com nutricionistas, fonoaudiólogos ou terapeutas ocupacionais para ajudar as crianças a desenvolver habilidades alimentares.

 

  1. Fórmulas Infantis:

    Para crianças que não conseguem atender às suas necessidades nutricionais por meio da alimentação oral, as fórmulas infantis podem ser indicadas. Elas são especialmente formuladas para fornecer os nutrientes essenciais e são úteis em condições como alergias alimentares, intolerâncias, refluxo gastroesofágico e outras.

 

  1. Nutrição Enteral:

    Em casos mais graves, quando a alimentação oral ou fórmulas não são viáveis, a nutrição enteral é uma opção. Isso envolve a administração de uma dieta líquida diretamente no sistema gastrointestinal da criança, geralmente por meio de uma sonda nasogástrica, nasoenteral, gastrostomia ou jejunostomia. A nutrição enteral é uma opção vital para crianças com dificuldades de deglutição, distúrbios neuromusculares, câncer, doenças inflamatórias intestinais e outras condições.

 

  1. Nutrição Parenteral:

    A nutrição parenteral é indicada em casos excepcionais em que o sistema gastrointestinal da criança não é funcional e não pode absorver nutrientes adequadamente. Nesse método, os nutrientes são administrados diretamente na corrente sanguínea da criança por meio de um cateter intravenoso central. Isso é geralmente reservado para casos de doenças intestinais graves ou quando outros métodos não são viáveis.

 

A escolha da terapia nutricional depende das necessidades nutricionais específicas da criança, bem como da gravidade de sua condição. A equipe médica, em conjunto com nutricionistas, avaliará o estado de saúde e as necessidades individuais da criança para determinar o método mais apropriado. 

 

É importante notar que a terapia nutricional em pacientes pediátricos deve ser acompanhada por profissionais de saúde qualificados, incluindo nutricionistas, para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas de forma adequada e segura. Além disso, a terapia nutricional pode ser parte de uma abordagem integrada que inclui terapeutas, médicos e outros profissionais de saúde, garantindo o melhor cuidado possível para a criança. 

 

Quando a TNE é necessária em crianças?  

A terapia de nutrição enteral (TNE) em crianças é necessária em uma variedade de situações em que a alimentação oral não é suficiente para atender às necessidades nutricionais e de crescimento. A seguir, exploraremos quando a TNE se torna necessária em crianças, destacando as principais situações: 

 

  1. Problemas na Deglutição:

    Crianças com problemas de deglutição devido a distúrbios neuromusculares, anomalias anatômicas, ou lesões no trato gastrointestinal podem não conseguir se alimentar de maneira adequada e segura. A TNE é indicada quando a alimentação oral é insegura devido ao risco de aspiração ou dificuldades graves na deglutição.

 

  1. Insuficiência Nutricional:

    Em casos de desnutrição ou risco de desnutrição, como em crianças com alergias alimentares graves, síndrome do intestino curto, ou outras condições médicas que afetam a absorção de nutrientes, a TNE pode fornecer uma fonte confiável de nutrição.

 

  1. Atrasos no Desenvolvimento:

    Crianças com atrasos no desenvolvimento, especialmente aqueles com dificuldades motoras, podem ter dificuldades para se alimentar por via oral. A TNE é uma opção para garantir que recebam os nutrientes necessários para apoiar seu crescimento e desenvolvimento.

 

  1. Problemas de Crescimento:

    Crianças que não estão crescendo adequadamente devido a condições médicas subjacentes, como câncer, doenças inflamatórias intestinais, ou cardiopatias congênitas, podem se beneficiar da TNE para atender às necessidades de crescimento e ganho de peso.

 

  1. Casos de Doenças Agudas:

    Em situações de doenças agudas, como pancreatite grave, queimaduras extensas ou cirurgias de grande porte, a alimentação oral pode ser contraindicada temporariamente. Nesses whatcasos, a TNE é utilizada para fornecer suporte nutricional até que a criança possa retomar a alimentação normal.

 

A decisão de iniciar a TNE em uma criança é complexa e requer avaliação cuidadosa por uma equipe de saúde qualificada. Os nutricionistas, em conjunto com pediatras, gastroenterologistas e outros especialistas, devem considerar o estado de saúde da criança, suas necessidades nutricionais específicas e as condições subjacentes para determinar a melhor abordagem. 

 

É importante ressaltar que a TNE em crianças é uma opção segura e eficaz quando administrada adequadamente por profissionais de saúde treinados. Ela pode ser temporária ou de longo prazo, dependendo das necessidades da criança. O objetivo é garantir que todas as crianças tenham acesso aos nutrientes necessários para crescer e se desenvolver de maneira saudável, independentemente das condições que possam enfrentar. 

 

O Trophic Infant segue as recomendações nutricionais das seguintes entidades de saúde e nutrição  

 

Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE), Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS), American Heart Association – AHA (Sociedade Americana do Coração), American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition e World Health Organization/Food & Agriculture Organization (Academia Americana de Pediatria, Comitê de Nutrição e Organização Mundial de Saúde/ Organização de Alimentos e Agricultura), e American Academy of Pediatrics – AAP (Academia Americana de Pediatria). 

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