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ESPEN: mucosite oral e estado nutricional em câncer de cabeça e pescoço

ESPEN de 2020 aconteceu em formato online e uma das mesas trouxe algumas atualizações em mucosite oral em câncer de cabeça e pescoço.

 O estado nutricional e a mucosite oral

Até o momento, mel, glutamina, probióticos e nutrientes anti-inflamatórios – como curcumina -, parecem melhorar a mucosite oral, pelo menos em condições clínicas específicas de pacientes com câncer de cabeça e pescoço.

A mucosite associada à quimioradioterapia impacta no estado nutricional e, consequentemente, nos desfechos clínicos. Por isso, a prevenção da perda de peso, antes de iniciar a quimioradioterapia, contribui para mitigar a mucosite.

Além disso, na mesa falou-se sobre caquexia, uma síndrome complexa, multifatorial, em que a intervenção nutricional pode atenuar a condição, apesar de não a reverter. A terapia nutricional também está relacionada à reversão da perda de peso.

O posicionamento do Guideline ESPEN de nutrição em pacientes oncológicos é o aconselhamento nutricional como primeira linha do tratamento. Podem ser utilizados Suplementos nutricionais orais (ONS), nutrição enteral ou parenteral, conforme necessidade do paciente.

Sarcopenia

Há dez anos houve uma mudança no conceito de sarcopenia. Anteriormente, a sarcopenia era equivalente à baixa massa muscular. Contudo, sarcopenia é a junção de baixa massa e função muscular. Esses aspectos devem ser considerados não somente para o tratamento, mas também para a avaliação de desfechos que impactem o paciente.

Para o tratamento da sarcopenia, foram destaques:

– Realizar o diagnóstico
– Identificar e tratar as causas
– Definir qual desfecho avaliar/ acompanhar
– Exercício físico
– Nutrição
– Ainda em estudo: medicamentos

A recomendação mais forte do guideline internacional para o tratamento da sarcopenia publicado recentemente é a favor da prática de exercícios de resistência.

Com relação a proteína, foram apresentadas as recomendações do estudo PROT-AGE e ESPEN Expert Group: 1,2-1,5g/kg até 2g ou mais, para casos mais críticos.

Desnutrição

Falamos em outras matérias sobre o GLIM, que é uma ferramenta para o diagnóstico da desnutrição baseado em consenso global. Neste ano, foram apresentadas atualizações sobre os estudos de validação em andamento, além de uma mesa sobre o porquê utilizar o GLIM. Destaca-se o fato dele ser um diagnostico sistemático e padrão da desnutrição (global) e ser capaz de comparar diferentes populações, enfermarias e cenários.

Outro ponto apresentado é que não é necessário aguardar a validação do GLIM para utilizá-lo. O critério GLIM é um consenso, mas baseado em evidência científica. Por isso, profissionais de saúde já podem estudar a implementação do GLIM na sua prática diária.

Saiba mais sobre o que aconteceu na ESPEN deste ano, veja alguns dos Highlights do evento aqui.


Este artigo foi escrito pela Equipe Científica Prodiet.

Hellin Santos, Gerente Científico da Prodiet

Gabriela Oliveira, Analista Científico da Prodiet

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