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CONDIÇÕES CLÍNICAS: Geriatria

Devido ao aumento na expectativa de vida, o idoso passou a ser mais acometido por doenças agudas e crônicas, sendo internado com maior frequência. Pessoas idosas são mais suscetíveis a alterações do estado nutricional em decorrência das mudanças compatíveis com o envelhecimento. Estado inflamatório e nutricional, predisposição genética, inatividade física e comorbidades frequentemente associadas são fatores preponderantes. De fato, as comorbidades podem ser as causas do agravo nutricional ou, ainda, serem agravadas pela desnutrição. Assim, é fundamental identificar e monitorizar o estado nutricional do idoso (por meio de avaliação antropométrica subjetiva e objetiva), pois essa alteração está diretamente correlacionada à morbimortalidade, e a partir disso determinar a TN ótima, sendo ela oral ou enteral (1,2).

Múltiplos mecanismos implicam ingestão alimentar inadequada no idoso, destacando-se (1,3):

-perda de apetite (especialmente para líquidos e fibras);
-diminuição do paladar, predominantemente, para alimentos ácidos e amargos (atrofia das papilas gustativas, -principalmente as de predomínio dos sabores ácidos e amargos);
-olfato alterado;
-saúde oral prejudicada (o que dificulta o consumo de alimentos mais fibrosos e calóricos);
-dificuldade em mastigar e deglutir;
-redução do fluxo salivar;
-saciedade precoce.

Fatores psicossociais (isolamento social, depressão e demência) e econômicos também interferem na ingestão alimentar (4).

Os guidelines da ESPEN trazem como recomendação para essa população que a dieta inclua pelo menos 1,0 a 1,2 g de proteína/kg de peso corporal/dia, assim como a prática de atividade física diária e um treinamento de resistência, quando possível (5).

Referências

1. Projeto Diretrizes – DITEN. Terapia Nutricional para Pacientes na Senescência (Geriatria). 2001. (http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/terapia_nutricional_para_pacientes_na_senescencia_geriatria.pdf)

2. Gariballa SE. Nutrition and older people: special consideration for ageing. Clin Med 2004;4:411-3.

3. Volkert D, Berner YN, Berry E, Cederholm T, Coti Bertrand P, Milne A, et al. ESPEN Guidelines on enteral nutrition: geriatrics. Clin Nutr 2006;25:330-60. (http://espen.info/documents/ENGeriatrics.pdf)

4. Forster S, Gariballa S. Age as a determinant of nutritional status. A cross sectional study. Nutr J 2005;4:28.

5. Deutz et al. Protein intake and exercise for optimal muscle function with aging: Recommendations from the ESPEN Expert Group. Clinical Nutrition 33 (2014) 929e936. (http://www.espen.org/files/PIIS0261561414001113.pdf)

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